Presidente da CNI, Ricardo Alban despachou ofícios, nesta quinta-feira, a dois ministros de Lula para cobrar “providências imediatas” do governo contra integrantes do MST que invadiram uma planta de produção de eucalipto da Suzano, em Aracruz, no interior do Espírito Santo.
Os documentos assinados por Alban foram enviados ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, e ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
“A CNI expressa seu profundo repúdio à invasão realizada por integranes do MST, na manhã desta quinta, em uma propriedade privada de indústria associada à Federação das Indústrias do Espírito Santo, a Findes”, diz o documento. “O esbulho possessório ocorreu em áreas de cultivo de eucalipto na região de Aracruz, no norte do Espírito Santo. Essa ação viola a garantia constitucional do direito à propriedade privada de uma empresa que cumpre as leis brasileiras, promove a sustentabilidade, gera milhares de empregos e investe em projetos sociais”, segue o chefe da CNI.
Alban destaca ainda, no documento, o compromisso da entidade com a “livre iniciativa, o desenvolvimento econômico do país e a defesa do direito à propriedade e da legalidade”.
“Solicita providências imediatas ao poder público para apuração e interrupção da ação criminosa, bem como o restabelecimento do direito de propriedade violado”, diz o ofício.
Cerca de 1.000 mulheres invadiram, nesta quinta, uma área da Suzano. A empresa é alvo histórico do movimento, que questiona o uso de terras para produção de celulose e não de alimentos.
Além da invasão no Espírito Santo, os sem-terra também invadiram propriedades na Bahia e no Ceará. Lula esteve, recentemente, no palanque do MST em Minas Gerais, pediu apoio do movimento ao governo e criticou o agronegócio.
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