Imagem relacionada

Você provavelmente nem vai acreditar, mas o sabor do primeiro chocolate do mundo era bem diferente do que é hoje. A começar pelo açúcar que não era adicionado às receitas com cacau, principal matéria-prima da iguaria.

O resultado era uma bebida extremamente amarga, que chegou a ser tomada como remédio para combater o cansaço e também como afrodisíaco. Veja neste artigo agora, todas as informações desse ingrediente tão popular e delicioso.

História do chocolate

A principal matéria-prima do chocolate é o fruto da Theobroma cacao. Ela é nativa do México e começou a se popularizar depois que os europeus chegaram às Américas. Mas bem antes disso já existiam registros da utilização do cacau nos anos de 1.100 a 1.400 a.C.

Inicialmente, o cacau era utilizado na versão líquida, e somente muitos anos depois, ele passou a ser considerado alimento. Os estudiosos pesquisaram os resíduos do cacau em recipientes antigos. O que leva a crer que o chocolate na sua versão inicial era utilizado pelos antigos habitantes da América Latina, como os maias e astecas.

Com o passar dos anos, os maias passaram a usar os grãos de cacau como moeda de troca. Mas adiante, os astecas pagavam até impostos com esse ingrediente. Durante centenas de anos, a bebida à base de cacau era considerada de elite e também era empregada para dar mais energia aos soldados.

Por volta do ano 1.500, os europeus em suas andanças acabaram descobrindo as amêndoas de cacau. E foi justamente na época que o espanhol Hernán Cortés conquistou a civilização Asteca, em 1519, que o ingrediente ganhou mais notoriedade.

Para os espanhóis o sabor da bebida era muito amargo e eles passaram a adicionar canela, açúcar e anis. Para transportar o ingrediente até a Europa ou para lugares distantes, eles prensavam o pó em forma de tabletes no México. E era o início do primeiro chocolate do mundo.

Comercialização do primeiro chocolate do mundo

Em 1585 se tem notícias que ocorreu o primeiro transporte comercial de cacau para Sevilha, na Espanha. Os espanhóis fizeram muitos negócios com a delícia e também a introduziu na Itália, no começo do século 15, e França.

E foram esses países europeus que sediaram as primeiras casas de chocolate, importando o cacau dos países da América Central.

Porém, com o crescimento da demanda, os espanhóis levaram as sementes da Theobroma cacao para o Equador e Venezuela. Com condições climáticas semelhantes e alto uso da mão-de-obra escrava, o seu desenvolvimento nas regiões foi farto.

Em pouco tempo, outros países europeus começavam a plantar o cacau nas suas colônias de climas tropicais. A maior oferta fez com que o preço do cacau caísse um pouco mais.

A palavra chocolate foi utilizada a primeira vez comercialmente em 1659 quando um documento francês comprovava que David Chaliou fabricava uma composição chamada chocolate.

Anos depois, também na América Central, alguns habitantes já começavam a misturar o chocolate com leite e a fórmula passava a ser vendida.

No século 17, a Espanha já abandonava o status de maior produtora de cacau. E o Brasil assumia esse posto com a produção da Amazônia e regiões do Maranhão sob o domínio português. E assim permaneceu até o século 20.

Popularização do chocolate no mundo

Os séculos 19 e 20 foram cruciais para a adaptação do chocolate aos paladares. A oferta também permitiu que os preços caíssem ainda mais e a população tivesse acesso ao produto.

Nessa época, grandes empresários passaram a se interessar pela produção do cacau. As produções do cacau passaram a ser mais sofisticadas e, em 1849, um inglês chamado Joseph Fry produziu a primeira barra de chocolate comestível logo depois da criação do cacau em pó conforme conhecemos hoje em dia.

Sobrenomes famosos como Nestlé e Lindt passaram a produzir chocolate ao leite. Uma forma de deixar o sabor ainda mais agradável e suave. Os primeiros bombons de chocolate começavam a surgir em 1867.

Em 1913, criou-se o chocolate branco que levava a manteiga do cacau e baunilha. Nos anos de primeira guerra mundial esse alimento foi importantíssimo para dar calorias aos soldados severamente prejudicados durante os combates.

Na década de 40, surgiu o M&Ms e depois a americana Hershey’s e a inglesa Cadbury. Era a popularização do primeiro mundo a fora.

Tipos de chocolate

A composição do chocolate branco foi desenvolvida em 1913

Atualmente, existem diversos tipos de chocolate comercializados. A matéria-prima principal continua a ser o cacau. Veja.

Chocolate ao leite

É a forma mais tradicional do doce. Ele tem o leite como ingrediente coadjuvante ao cacau e leva açúcar. Seu sabor é adocicado.

Chocolate amargo

Os grãos de cacau são torrados e não leva leite. Mas existem as variações que vão do menos amargo até o 100% cacau. De todos os tipos de chocolate é o mais saudável, graças a quantidade mínima de açúcar.

Chocolate branco

Esse é o tipo de chocolate com mais gordura, por isso, o menos saudável. Sua composição foi desenvolvida em 1913 com manteiga de cacau, leite, açúcar e baunilha.

Chocolate couverture

Esse tipo de chocolate surgiu na frança e sua maior característica é que ele é rico manteiga de cacau. Ele é específico para ser utilizado em receitas e por mestre chocolateiros.

Chocolate diet

Esse chocolate tem o açúcar substituído por sorbitol e sacarina e é consumido por pessoas com problemas de glicose no sangue.

Chocolate blend

O chocolate blend é uma mistura do chocolate ao leite com o amargo. Fazendo o meio-termo entre os sabores.

Chocolate nobre

Esse tipo de chocolate tem bastante manteiga de cacau. Ele existe nas versões ao leite, amargo, branco e blend. Por conta desse percentual, esse é um dos tipos mais caros do doce.

Chocolate hidrogenado

Esse chocolate tem a manteiga de cacau substituída pelo óleo vegetal hidrogenado. O resultado é o oposto do chocolate nobre. Ele torna-se mais barato e seu sabor também sofre uma influência. Ele é bastante utilizado na produção de coberturas e sobremesas, por ser mais fácil de manusear e não precisa de temperagem. Também existem versões ao leite, amargo e até colorido.

Chocolate fracionado

É outro tipo de chocolate feito para coberturas e que não precisa de temperagem. Ele é considerado mais sofisticado que o hidrogenado, pois seca mais rápido e tem textura e sabor superiores.

Com informações de www.estudopratico.com.br